sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

REUNIÃO DO PLENO (EDITAL)

3ª REUNIÃO ORDINÁRIA

COMITÊ MUNICIPAL

FOZ DO IGUAÇU - PARANÁ

EDITAL DE CONVOCAÇÃO


O Presidente do Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil, cumprindo normas estatutárias, convoca os membros do Pleno Municipal do PCdoB de Foz do Iguaçu para a Reunião Ordinária do Comitê Municipal, a realizar-se no sábado, dia 06 de fevereiro de 2010, às 11 horas e desenvolver seus trabalhos até às 13 horas do mesmo dia, na cidade de Foz do Iguaçu, no Hotel Foz Presidente, na Rua Xavier da Silva, 1.000, ao lado do Hotel Mércure Internacional.


A reunião será constituída dos seguintes assuntos:


  1. Abertura;

  2. Análise de Conjuntura;

  3. Organização de Base e Ações das Secretarias (orientações)

  4. Finanças e Programas de Contribuição

  5. Apresentação Projeto Adriano

  6. Apresentação do Calendário para o trimestre

  7. Informes

  8. Encerramento





Foz do Iguaçu, 28 de janeiro de 2010.





Nilton Aparecido Bobato

Presidente do Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil



quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Acordo EUA-Colômbia: o perigo mora ao lado

O recente acordo de cooperação militar firmado entre os Estados Unidos e a Colômbia, no final de outubro, não é exatamente um tratado de anexação, conforme as palavras do ex-presidente cubano, Fidel Castro. É mais do que isso. A subordinação do país governado por Álvaro Uribe é tão completa, que dificilmente um estado norteamericano se submeteria à tamanha centralização de poder por parte de Washington.

Os Estados Unidos são uma federação na qual cada unidade, guardados princípios constitucionais básicos, tem grande autonomia para elaborar e colocar em prática legislações e políticas das mais diversas. O caso colombiano vai além.

Navios e aviões poderão entrar e sair do país sem sofrer qualquer tipo de inspeção, e uma série de imunidades e isenções protege os funcionários da Casa Branca. O raio de ação das aeronaves chega a todo o continente.

Vale a pena examinar dois textos oficiais sobre o tema, que vieram à luz recentemente. O primeiro é o acordo em si, disponível na página do Ministério da Defesa colombiano na internet. Foi divulgado no início de novembro. O segundo diz respeito às ações operacionais dos EUA na região. O título é Programa de construção militar, datado de maio de 2009 e revelado em 18 de novembro pelo deputado federal José Genoíno (PT-SP). Mas antes, é preciso estar atento à lógica geral que baliza a situação.

Ofensiva conservadora O Acordo de cooperação militar faz parte de uma ofensiva política de amplo espectro, empreendida pela direita continental. Tendo perdido paulatinamente, a partir de 1998, os governos de vários países da América Latina – Brasil incluído – os grandes meios de comunicação, o agronegócio, o capital financeiro, as oligarquias regionais, com a retaguarda estratégica da Casa Branca, tentam a qualquer preço recobrar o terreno perdido.

O mais ruidoso capítulo dessa ofensiva é o golpe hondurenho, sem solução até o fechamento desta edição. No entanto, o imbroglio colombiano revela-se, até agora, o mais abrangente no médio prazo. O combate à guerrilha ou ao narcotráfico, razões alegadas para a aliança entre os EUA e a Colômbia, não se justifica após o enfraquecimento das Farc. Tudo indica que os alvos militares preferenciais estão fora das fronteiras colombianas.

O tratado tem vigência inicial de dez anos, prorrogáveis automaticamente. Não são permitidas alterações, a não ser no final de cada prazo, com aviso prévio de um ano. O documento geral do Acordo detalha apenas aspectos operacionais. Outros temas, como ações e tarefas das forças externas, estão no segundo texto, o Programa de construção militar.

Poder ilimitado
Pela letra do primeiro documento, militares e civis estadunidenses em missão terão livre acesso ao território colombiano, sem precisarem apresentar passaporte ou visto de qualquer espécie. O artigo IV assegura que “As aeronaves (...) quando se encontrarem em território da Colômbia não estarão sujeitas ao pagamento de direitos, incluídos os de navegação aérea, sobrevoo, aterrissagem e estacionamento”. Logo adiante, é assegurado que “as aeronaves e embarcações (...) dos Estados Unidos não se submeterão a abordagem ou inspeção”. Para entrar e sair da Colômbia, os membros da missão externa poderão fazê-lo “sem a necessidade da apresentação de passaporte ou visto”.

Como se não bastasse, caso os estrangeiros cometam algum delito ou crime, eles não se submeterão às leis locais. “A Colômbia garantirá que suas autoridades verifiquem, no menor tempo possível, o status de imunidade do pessoal dos Estados Unidos e de seus comandantes que sejam suspeitos de uma atividade criminosa na Colômbia e os entregarão às autoridades diplomáticas ou militares apropriadas dos Estados Unidos no menor tempo possível”.

O acordo também isenta de “direitos de importação e exportação, taxas, impostos, matrículas e autorização de transporte e demais tributos” toda a “bagagem, objetos pessoais, produtos e outros bens de uso pessoal” que os representantes dos EUA “usem, importem ou exportem” da Colômbia. Como se não bastasse, “o pessoal dos Estados Unidos poderá portar armas para atividades realizadas nos termos do presente acordo”.

Veículos, embarcações ou aeronaves estadunidenses estarão “isentos de inspeções técnicas, de licenças e matrículas por parte das autoridades colombianas”.

No aspecto operativo, o documento garante aos “Estados Unidos o uso da infraestrutura da rede de telecomunicações [colombiana] (...) sem trâmite ou concessão de licenças e sem custo algum para os Estados Unidos”.

Alcance continental
O Programa de construção militar detalha as possibilidades estratégicas de uma das bases cedidas aos EUA, a de Palanquero, a cerca de 150 km a noroeste de Bogotá. É importante frisar que, além disso, o Acordo envolve as instalações de Malambo, Tolemaida, Sarandi, Apiaí, Cartagena e Málaga.

Palanquero é o principal aeroporto para aviões de combate. Ali serão investidos inicialmente US$ 46 milhões para obras de construção civil. Sua pista de pouso tem 3,5 mil metros de extensão e há dois enormes hangares no local.

O Programa é direto e seco: “Palanquero fornece uma oportunidade para se conduzirem operações de amplo espectro na América Latina”. A partir dela, há grande “mobilidade das missões, fornecendo acesso ao continente inteiro, exceto à região de Cabo Horn, sempre que houver combustível disponível, e a mais da metade do continente, se não houver reabastecimento”.

Ao desfiar as razões para a instalação da base, o texto também é sucinto, mas eloquente: Trata-se de “uma oportunidade única para operações de espectro completo em uma subrregião crítica de nosso hemisfério, onde segurança e estabilidade estão permanentemente ameaçadas pelo narcotráfico, patrocinando insurgências terroristas, governos anti-Estados Unidos, pobreza endêmica e desastres naturais recorrentes”.

Apesar de tudo, a ofensiva norteamericana ainda não é militar. Destina-se fundamentalmente à intimidação política. Denunciar, isolar e exigir o desmantelamento de tal perigo que se gesta para todo o continente é tarefa das mais urgentes. Se a ofensiva passar para o terreno militar, a situação ficará um pouquinho mais complicada.


Por Gilberto Maringoni para Revista Fórum

"A televisão me deixou burro..."

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Jornal do Mandato

Já está disponível o Jornal do Mandato do Vereador Nilton Bobato (PCdoB). A publicação de 16 páginas faz uma prestação de contas dos primeiros 12 meses de Bobato na Câmara e chama a população a participar do debate sobre a cidade que queremos.

Para receber o material, basta entrar em contato com o PCdoB pelo email pcdobfozdoiguacu@gmail.com .

Artigo

O Cidadão e suas Escolhas

* Luiz Henrique Dias da Silva


Temos uma ano eleitoral pela frente. 2010 nos dará a oportunidade de debater qual é o modelo de gestão federal mais comprometido com o país. Além disso, será um ano decisivo para o país mostrar ao mundo como saiu da crise financeira e entrou na rota do crescimento, desta vez, sustentável e inclusivo.


Apesar do grande prestígio do presidente Lula no exterior, sendo honrado com prêmios, muitos deles, nunca antes dados a presidentes de fora dos chamados “países desenvolvidos” e do respeito, de praticamente todas as nações democráticas e organismos internacionais, a acertada política da equipe econômica do Ministro Mantega, fazendo o Brasil sair da crise econômica mundial como um dos países menos afetados pelo tremor financeiro que devastou muitas nações, principalmente aquelas em que o neoliberalismo (que tenta voltar ao poder por aqui) estava enraizado no estado, a principal vitória do Brasil ainda é saber conciliar a política macroeconômica com a chamada microeconomia, aquela que afeta diretamente a vida dos cidadãos.


Paralelo as notícias de queda dos juros, Pré-Sal, o Programa de Aceleração do Crescimento, queda relativa no rombo da previdência, aumento das reservas e investimentos e declínio acentuado do risco-país, entramos em 2010 com a menor alíquota do imposto de renda das últimas duas décadas ( principalmente para as faixas de 3 a 5 salários mínimos), com um aumento substancial no salário mínimo do trabalhador, com reajuste no seguro desemprego, criação de milhões de vagas com carteira assinadas, seguro apagão, expansão do crédito imobiliário, entrada da Caixa Econômica no financiamento de bens duráveis, criação do Imposto sobre Fortuna, redução do IPI e da Cofins para produtos básicos ou, em alguns casos, para apoiar a indústria nacional, expansão do ensino público superior, fomento a indústria Naval, entre outras ações que afetam diretamente a vida dos cidadãos e trabalhadores. Para a inclusão social, o governo atua na expansão das verbas do FUNDEB, no consolidação de programas de vital importância para a emancipação do cidadão como o Prouni, o Plano Nacional de Banda Larga, o Programa Nacional de Acessibilidade universalização da emissão gratuita de Certidões de Nascimento, reestruturação do ensino técnico e o Bolsa Família (maior programa de redistribuição de renda do mundo).


O trabalhador brasileiro sente, assim, a presença do governo em seu cotidiano, no caminho ao trabalho, nos telejornais, na escola dos filhos e, principalmente, no início do mês, quando recebe seu salário e percebe que, pela primeira vez em nossa história recente, seu poder de compra aumentou mais que a inflação. Isso explica a popularidade do presidente Lula e por ele ser eleito a personalidade em quem o brasileiro mais confia, apesar da oposição golpista tentar relacionar tais números com os programas do governo que, segundo ela, são assistencialistas.


Essa eleição será o confronto entre o crescimento e o fracasso neoliberal. O debate entre os oito anos de governo do povo e a volta ao poder do grupo Tucano-democrata de FHC e suas privatizações e desmantelamento da educação, de Serra e sua falta de diálogo e de Yeda e seus cortes em serviços públicos, dessa gente preconceituosa que trabalha para os banqueiros, querem acabar com o PAC e tem urticárias quando veem o estado a serviço do povo. Não vai ser difícil escolher.


* Luiz Henrique Dias da Silva é escritor, estudante de Arquitetura e Urbanismo e Ciências Sociais e Secretário de Organização do PCdoB de Foz do Iguaçu.


http://acasadohomem.blogspot.com

http://pcdobfozdoiguacu.blogspot.com

www.twitter.com/luizhdias

Espaços Públicos

Se a cidade convida, o cidadão responde

Caro leitor, tenho uma tese de que, se a cidade chama, o cidadão responde.

Ontem caminhava eu pela – tão citada nesta coluna – Avenida Paraná, como faço em muitos finais de tarde de minha vida, e, com também é meu costume, reparava nas pessoas, nos grupos e nos espaços, sempre querendo entender um pouco mais nossa cidade e sociedade e, é claro, expor tais pensamentos aqui, ali e acolá, nestes veículos em que escrevo e você ouve minhas letras.

Tenho percebido um número crescente de pessoas frequentando a pista de caminhada, todos os dias. Não acredito ser o motivo a crescente preocupação com o corpo ou com o a saúde. Creio ser o maior responsável por tal aumento o próprio espaço que, aos poucos, começa a ser percebido por mais e mais cidadãos, usuários em potencial. Além das caminhadas, há namoros, amigos tomando mate, crianças utilizando os playgrounds, jovens nas quadras e idosos, muitos interessados nas atividades oferecidas no quiosque do Caminha Foz, instalado no meio do trajeto da pista. Os motoristas – antes simples passantes da Avenida – agora reparam mais nas pessoas e, por fim, acabavam voltando, sozinhos ou com a família.

Esta é mais uma prova de que, se a cidade chama, o cidadão responde. Se a cidade chamar com violência, as pessoas responderão se trancando em casa. Se ela nos chamar com espaços abandonados ou com a falta destes, todos se trancarão em malditos Shoppings. Mas, se ao contrário, a cidade chamar a todos com espaços públicos acessíveis, conservados e convidativos, a resposta virá com bermudas, tênis e camisetas, com bicicletas, skates, bolas e patins, em plena rua e em plena luz do dia.

Assim, alinhados ao combate à violência (não reprimindo, mas na base estrutural do processo), ao investimento em educação, cultura e saúde (áreas básicas para produzir qualidade de vida e elevar a auto-estima da população), a cidade precisa criar equipamentos públicos e espaços (não só turísticos) a serem frequentados pelos moradores e cuidar para tais locais não se tornarem pontos de violência, uso de drogas ou venda indiscriminada de bebidas (como acontece no Gramadão da Vila A, onde menores se deliciam durante todo o final de semana com bebidas vendidas ali mesmo).

Devemos construir uma cidade - a casa do homem – que não se esconda por trás de muros altos e cercas elétricas, mas para ser uma extensão do quintal das pessoas.

***

* Luiz Henrique Dias da Silva é escritor, ator, estudante de Urbanismo e Sociologia e Secretário de Organização Política do PCdoB de Foz do Iguaçu.