O Cidadão e suas Escolhas
* Luiz Henrique Dias da Silva
Temos uma ano eleitoral pela frente. 2010 nos dará a oportunidade de debater qual é o modelo de gestão federal mais comprometido com o país. Além disso, será um ano decisivo para o país mostrar ao mundo como saiu da crise financeira e entrou na rota do crescimento, desta vez, sustentável e inclusivo.
Apesar do grande prestígio do presidente Lula no exterior, sendo honrado com prêmios, muitos deles, nunca antes dados a presidentes de fora dos chamados “países desenvolvidos” e do respeito, de praticamente todas as nações democráticas e organismos internacionais, a acertada política da equipe econômica do Ministro Mantega, fazendo o Brasil sair da crise econômica mundial como um dos países menos afetados pelo tremor financeiro que devastou muitas nações, principalmente aquelas em que o neoliberalismo (que tenta voltar ao poder por aqui) estava enraizado no estado, a principal vitória do Brasil ainda é saber conciliar a política macroeconômica com a chamada microeconomia, aquela que afeta diretamente a vida dos cidadãos.
Paralelo as notícias de queda dos juros, Pré-Sal, o Programa de Aceleração do Crescimento, queda relativa no rombo da previdência, aumento das reservas e investimentos e declínio acentuado do risco-país, entramos em 2010 com a menor alíquota do imposto de renda das últimas duas décadas ( principalmente para as faixas de 3 a 5 salários mínimos), com um aumento substancial no salário mínimo do trabalhador, com reajuste no seguro desemprego, criação de milhões de vagas com carteira assinadas, seguro apagão, expansão do crédito imobiliário, entrada da Caixa Econômica no financiamento de bens duráveis, criação do Imposto sobre Fortuna, redução do IPI e da Cofins para produtos básicos ou, em alguns casos, para apoiar a indústria nacional, expansão do ensino público superior, fomento a indústria Naval, entre outras ações que afetam diretamente a vida dos cidadãos e trabalhadores. Para a inclusão social, o governo atua na expansão das verbas do FUNDEB, no consolidação de programas de vital importância para a emancipação do cidadão como o Prouni, o Plano Nacional de Banda Larga, o Programa Nacional de Acessibilidade universalização da emissão gratuita de Certidões de Nascimento, reestruturação do ensino técnico e o Bolsa Família (maior programa de redistribuição de renda do mundo).
O trabalhador brasileiro sente, assim, a presença do governo em seu cotidiano, no caminho ao trabalho, nos telejornais, na escola dos filhos e, principalmente, no início do mês, quando recebe seu salário e percebe que, pela primeira vez em nossa história recente, seu poder de compra aumentou mais que a inflação. Isso explica a popularidade do presidente Lula e por ele ser eleito a personalidade em quem o brasileiro mais confia, apesar da oposição golpista tentar relacionar tais números com os programas do governo que, segundo ela, são assistencialistas.
Essa eleição será o confronto entre o crescimento e o fracasso neoliberal. O debate entre os oito anos de governo do povo e a volta ao poder do grupo Tucano-democrata de FHC e suas privatizações e desmantelamento da educação, de Serra e sua falta de diálogo e de Yeda e seus cortes em serviços públicos, dessa gente preconceituosa que trabalha para os banqueiros, querem acabar com o PAC e tem urticárias quando veem o estado a serviço do povo. Não vai ser difícil escolher.
* Luiz Henrique Dias da Silva é escritor, estudante de Arquitetura e Urbanismo e Ciências Sociais e Secretário de Organização do PCdoB de Foz do Iguaçu.
http://acasadohomem.blogspot.com
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