quinta-feira, 11 de março de 2010

Lula: "Não quero que se repita no Irã o que aconteceu no Iraque"

Às vésperas da viagem que fará na próxima semana ao Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou sua posição a favor do diálogo com o Irã e uma solução pacífica para os conflitos que atormentam o Oriente Médio, durante entrevista concedida terça-feira (9) à Associated Press (AP).
O presidente abordou vários outros temas, incluindo futebol, revelou que parou de fumar há 40 dias e está muito bem de saúde. Ressaltou a necessidade de promover mudanças no Conselho de Segurança da ONU e disse que a fotografia da geopolítica mundial já não reflete a realidade.
“É uma geopolítica da Segunda Guerra Mundial, de 1948”, enfatizou, acrescentando que é necessário “construir uma imagem da ONU de 2010, do século XXI, que leve em conta a Índia, que leve em conta a África, que leve em conta a América Latina, a Alemanha e o Japão”.
Lula condenou a greve de fome realizada por presos cubanos e lembrou que mortes provocadas por este tipo de protesto não ocorreu apenas em Cuba. “Todo mundo sabe o que aconteceu na Irlanda, quando gente do IRA morreu de greve de fome”.
Indagado se Dilma Rousseff não seria mais autoritária e esquerdista que ele, alertou: “é importante ficar atento porque vai se levantar muita coisa contra a Dilma. É engraçado porque, neste momento, as pessoas que antes tinham medo que eu fosse presidente da República agora começam a dizer assim: ´Bom, o Lula tudo bem, o Lula nós sabemos o que ele fez, ele negociava, ele conversava. E ela, o que vai fazer?´. A Dilma é uma mulher de muito bom senso, é uma mulher madura e altamente competente.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário