
segunda-feira, 28 de junho de 2010
PCdoB lança candidatura de Chico Brasileiro a deputado federal

sexta-feira, 25 de junho de 2010
Conferência Estadual do PCdoB homologa candidaturas
A avaliação de Nilton Bobato vem ao encontro do projeto eleitoral e programático dos comunistas, que vêem na mudança da composição da Câmara Federal, a radicalização das transformações na política brasileira. Com este entendimento, o PCdoB além do apoio a pré-candidata a Presidente da República, Dilma Roussef, lançará um número significativo de candidatos à Câmara Federal. “O partido entende que a continuidade do projeto instalado no País com Lula deve avançar, com Dilma, e com um novo cenário na composição da Casa Legislativa que sobrevive do conservadorismo e do atraso na política brasileira”, alegou Bobato.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
domingo, 13 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Comunistas de Matelândia realizam conferência e reforçam compromisso eleitoral

Para o Presidente do PCdoB de Matelandia, Celso Da Col, a formalização do diretório é “uma oportunidade do município ter um partido de esquerdo comprometido com a linha de pensamento e com isso agregar valores na política local, possibilitando oportunidades de praticar política de forma coerente e próxima da população, principalmente da política do município”.
O Presidente do PCdoB de Foz do Iguaçu, Nilton Bobato, acompanhou a Conferência e conduziu o processo de eleição dos seis delegados e seis suplentes que participarão da Conferência Estadual do PCdoB e reforçou os compromissos ideológicos do PCdoB. “Os comunistas tem o compromisso de manter o projeto de avanços no País com a eleição de Dilma Roussef, o compromisso de eleger representantes de esquerda para a Câmara Federal e Senado e o compromisso de mobilizar trabalhadores e trabalhadoras para a luta rumo ao socialismo”, disse Nilton.
Na região, o compromisso eleitoral do PCdoB foi reforçado pelo partido de Matelândia ao firmarem apoio a pré-candidatura de Chico Brasileiro a deputado federal. “A pré-candidatura de Chico Brasileiro a deputado federal vem pra revitalizar a política no município, haja vista que ele é da região, possui experiência e coerência e viabilizará o projeto do partido na região e no município”, disse.
A tarefa de construir partido e prepará-lo para as eleições deste ano estarão nas mãos de uma militância comprometida ideologicamente que agrega novos e antigos filiados. Segundo o estudante Vandecir Eich, que se filiou no processo de Conferência, a escolha pelo PCdoB está de acordo com seus princípios e visão de mundo. “Venho ao PCdoB porque é um partido que se fundamenta no marxismo, na liberdade, no comunismo, na fraternidade e está construindo coletivamente as mudanças que nos levam ao desenvolvimento e ao socialismo”, disse.
Valdir Carlos Neumann, que também se filiou no processo de conferência veio ao PCdoB porque enxergou na militância do partido, por meio de Chico Brasileiro e Nilton Bobato, o projeto dos comunistas de transformar a sociedade coletivamente. “Vim porque conheci pessoas com vontade de mudar a realidade existente, como o Chico Brasileiro, que nos mostrou o projeto do PCdoB, isso despertou em mim a vontade de participar e fazer a diferença”, enfatizou.
Artigo
Foz e o Futuro
* Luiz Henrique Dias
Como se pensar a cidade? Talvez seja essa a pergunta que nós, iguaçuenses, de nascimento ou de coração, precisamos responder com uma urgência tamanha e com uma lucidez responsável. “A cidade vai chegar a 500 mil habitantes em 10 anos”, estimou dia desses o meu amigo e vereador Nilton Bobato, um dos cidadãos mais lúcidos dessa cidade e o vereador que, certamente, mais perde o sono com os problemas do município. Isso me fez refletir um bocado. O que vamos fazer com nosso trânsito? Qual rumo de crescimento será escolhido: o humano ou da especulação? Manteremos nossa taxa de permeabilidade obrigatória (uma das maiores do Brasil para municípios de porte semelhante)? Cresceremos para nossos atuais habitantes ou pensaremos só em pseudo-condomínios para a classe média migrante (professores da Unila, servidores federais)? Ocuparemos as áreas desocupadas do centro e entorno ou arrastaremos mais e mais pessoas para as periferias distantes, elevando o tempo de deslocamento ao trabalho e os custos públicos e sociais da expansão da infra-estrutura, uma vez que os espaços já preparados para receber cidadãos são guardados para especulação imobiliária? Vamos aprimorar nossa Lei de Zoneamento ou vamos fragmentá-la para o “oba-oba” do capital? Vamos melhorar o transporte? Vamos gerar empregos de valor agregado? Vamos combater os carros a diesel em nossa frota internacional? Vamos terminar nossas calçadas e universalizar o modelo? Vamos ter uma medicina preventiva no sistema público ou vamos investir no modelo curativo, eternamente caro e ineficiente? Vamos eleger Deputados de verdade ou vamos avalizar os mesmos ou seus representantes disfarçados de novidade? Vamos construir um teatro? Vamos construir um parque central? Para onde vamos? Vamos melhorar nosso Código de Posturas ou vamos adequá-lo ao modelo especulativo imobiliário? Vamos fazer uma cidade para a maioria ou não?
Eis as perguntas que me tiram o sono. Eis o problema exposto. A cidade evolui. A cidade melhorou. A cidade entrou num rumo e nada, nada, pode tirá-la dele. Ou a gente faz uma lugar onde a maioria decide e vive feliz, ou a gente volta para casa, liga a TV e fica ali, esperando a morte chegar.
*Luiz Henrique Dias é Secretário de Organização do PCdoB de Foz do Iguaçu.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
NOTÍCIAS DO VERMELHO
Renato Rabelo também faz uma avaliação da pré-campanha. Ressalta que “este é o melhor momento da candidatura Dilma” e avalia que a ex-ministra tem dupla vantagem sobre o adversário José Serra: o tucano já teria atingido seu teto, enquanto Dilma, que está empatada com Serra nas pesquisas, ainda tem potencial grande de crescimento, analisa Renato.
Segundo ele, há um outro diferencial positivo para a candidatura da base do governo, que é o fato desta ser a primeira vez que uma coligação ampla –que pode chegar a 11 partidos— apóia uma candidatura presidencial da esquerda. Mas o dirigente comunista ressalta que é preciso que esta ampla frente seja nucleada pela esquerda, “senão corre o risco desta frente se dispersar”.
Veja abaixo a íntegra da entrevista com Renato Rabelo, concedida na última quarta-feira (2) ao jornalista Cláudio Gonzalez na sede do Comitê Central do PCdoB, em São Paulo:
Vermelho: Renato, você integra o Conselho Político da pré-campanha da Dilma. Neste conselho vocês chegaram a avaliar os resultados das últimas pesquisas? Que avaliação você faz do desempenho da pré-candidata até agora?
Renato Rabelo (RR): Consideramos que este é o melhor momento da pré-candidatura Dilma. Por dois motivos: ela mantém a tendência de crescimento nas pesquisas e, além disso, tem um bom potencial para crescer ainda mais. Este potencial pode ser medido pela parcela significativa de eleitores que ainda não conhece Dilma ou não sabe que ela é a candidata que dará continuidade ao governo Lula. Portanto, ela tem ainda uma possibilidade de crescimento grande. Ao mesmo tempo, seu principal adversário, José Serra, parece ter alcançado o teto das intenções de voto, segundo a análise que se faz das pesquisas. Ao contrário de Dilma, ele já é muito conhecido, já tem o que se chama de recall das eleições passadas, já foi governador e prefeito de São Paulo, que é um grande colégio eleitoral, mesmo assim seus índices de intenção de voto estão caindo. Para quem analisa as pesquisas, conclui que é difícil para Serra passar deste patamar de cerca de 40% dos votos que ele tem. Por isso, a conclusão é que Dilma está numa boa fase, pois mesmo ainda tendo grande potencial de crescimento, ela já empatou com Serra em todas as pesquisas e o tucano vai batendo na trave, digamos assim. Agora tem outros fatores que eu considero decorrentes desse. Por exemplo: o sul do país ainda concentra uma parte importante do eleitorado de classe média que pende para o Serra e é uma região onde ele já tem maioria. No Sudeste a coisa está mais ou menos empatada e Norte e Nordeste é onde Dilma tem uma diferença boa em relação ao Serra.
Vermelho: Junho é o mês das convenções partidárias. Dilma já conta com o apoio do PMDB, PCdoB, PDT e PSB a alguns partidos menores, você acha que há chances da candidatura petista ganhar a adesão de novos partidos neste período?
RR: Eles (o Conselho Político da campanha de Dilma) acham que podemos chegar a uma aliança em torno de 11 partidos. Eu poderia dizer o seguinte neste aspecto: é a primeira vez que uma candidatura de esquerda, neste campo liderado por Lula, tem a adesão de uma coligação tão ampla de partidos. Nunca a gente chegou a ter esta amplitude de apoio para uma candidatura de esquerda, então essa é a primeira questão. E, mais importante ainda, Dilma tem o apoio de todos os principais partidos de esquerda (PT, PDT, PSB e PCdoB), que nas candidaturas presidenciais anteriores não estiveram juntos. Esse é um fato novo bastante significativo. Agora, quais os outros partidos que irão aderir ainda não é possível saber.
Vermelho: Desta ampla aliança que o senhor citou, o PMDB é apontado como um aliado estratégico, que vai garantir maior tempo de TV e apoio político regional para a candidatura de Dilma. Mas, o PMDB tem cobrado uma fatura alta por este apoio, exigindo a adesão do PT a candidaturas peemedebistas em vários estados, como no Maranhão e em Minas Gerais. Ao mesmo tempo, em estados como RS, SC, SP, MS e PE, o PMDB não oferece apoio à candidatura Dilma e, na maioria destes casos, já declarou que irá apoiar o adversário José Serra. O senhor acha que o PMDB está cobrando demais e oferecendo de menos?
RR: Não. Acho que o PMDB luta por espaços condizentes com o tamanho dele, que é considerado hoje o maior partido do Brasil, se levarmos em conta a presença deles no Congresso Nacional e no âmbito dos estados com os governadores que tem e no âmbito municipal com a vasta quantidade de prefeitos peemedebistas. O problema é que o PMDB não conseguiu —e essa tem sido a marca do PMDB— unir este partido em torno de uma liderança que possa ser o seu candidato à presidência da República. Ainda há muita divisão no PMDB. Agora, como todo partido, ele luta pelos seus espaços. E dessa luta por espaço surgem as disputas regionais que estamos vendo.
Vermelho: E qual o papel dos partidos de esquerda nesta aliança?
RR: Nós achamos que essa aliança, que é parte de uma aliança ampla que pode chegar a 11 partidos, como dissemos, precisa ser nucleada pela esquerda. Defendemos que seja uma aliança ampla que tenha em seu centro, em seu núcleo, a expressão, digamos assim, dos partidos de esquerda para que o programa, os objetivos da candidatura reflitam realmente um avanço. Porque se você tem uma frente ampla, com esta característica heterogênea, a exigência de você ter um núcleo que possa dar consequência a essa frente torna-se um imperativo, senão corre o risco desta frente se dispersar. Como tudo na vida, tanto na ciência social, quanto na ciência natural, tudo tem núcleo, tem centro, então essa é uma questão que o PCdoB tem defendido. E os demais partidos de esquerda também. Até o PT, retoricamente, tem defendido esta posição, de ter um núcleo de esquerda com esta idéia de garantir rumo e perspectiva programática.
Outro aspecto também da esquerda presente é que ela dá uma marca progressista, democrática e popular à frente de partidos. O governo Lula conseguiu, ao longo do mandato, ter um apoio maior dessa base social e popular, maior até do que tinha quando foi eleito. Ele ampliou muito o respaldo na base popular, e estes partidos de esquerda são partidos que têm influência em entidades sindicais, populares, estudantis, que compõem essa base popular entre os trabalhadores, entre estas camadas médias mais baixas, então isso dá uma característica importante à frente.
Vermelho: Nessa política de alianças, houve alguma candidatura majoritária que o PCdoB precisou abrir mão no processo de negociações?
RR: Não, por enquanto não fechamos o quadro geral de alianças nos estados, isso vai ser feito até o final do mês de junho. Mas, por enquanto, não existem casos como esse. E quando ocorreu, em outras ocasiões, isso foi feito em prol de objetivos maiores. Aliás, o PCdoB tem dado bons exemplos nesse sentido, de que em prol de objetivos maiores, os objetivos menores, apesar de serem importantes, devem se subordinar ao objetivo definidor, aquele que define rumos para onde a gente quer ir, que pode nos proporcionar a oportunidade de fazer as grandes mudanças, as grandes transformações.
Vermelho: A candidatura do Flávio Dino ao governo do Maranhão será mantida até o final?
RR: A candidatura do Flávio Dino é uma candidatura prioritária para nós, porque é a única candidatura do PCdoB ao governo do estado nestas eleições de 2010. Então ela passa a ter uma grande relevância para o PCdoB. Além disso, no caso do Maranhão, a candidatura do Flávio Dino surgiu como anseio de muitas forças políticas locais fora do PCdoB. Então não é o PCdoB que impôs a candidatura, ela surgiu como anseio de uma realidade política que exige renovação. Porque as duas expressões políticas maiores daquele estado, mais conhecidas, de uma certa forma vão se esgotando, abrindo espaço para o surgimento de novas lideranças ou de uma alternativa para o Estado.
E o Flávio, com a liderança dele, com o papel crescente de seu protagonismo político local e nacional, foi se firmando, foi granjeando prestígio. Sobretudo após a campanha pela prefeitura de São Luís, seu nome foi se consolidando como representante desta alternativa que vai surgindo como exigência de renovação. Por isso mesmo é uma candidatura que foi se impondo objetivamente. O PCdoB, por levar em conta estes anseios de renovação, de descortinar novos horizontes políticos pro estado, tem que dar curso a esse processo político representado pela candidatura de Flavio Dino. É exatamente o caminho político que o PCdoB sempre segue, para o Brasil e para os estados.
Vermelho: A candidatura do Flávio Dino é a única candidatura a governo estadual pelo PCdoB, pois o partido decidiu concentrar esforços na disputa proporcional, buscando aumentar suas bancadas no Congresso Nacional. A direção partidária já tem um mapeamento das chances eleitorais do partido?
RR: Candidatura majoritária para governo estadual é só o Maranhão, mas temos outras candidaturas majoritárias para o Senado. Temos candidaturas com grandes possibilidades de vitória, como é a candidatura do Edvaldo Magalhães no Acre, da Vanessa Grazziotin no Amazonas, do Eduardo Bonfim em Alagoas. São candidaturas que têm o respaldo de uma frente política forte, constituída de muitos partidos. Não é o PCdoB sozinho, ou o PCdoB com um ou dois partidos. É uma frente constituída de forças políticas que têm poder de hegemonia política local. Então são possibilidades concretas de êxito. Não podemos deixar de mencionar também a candidatura ao Senado aqui em São Paulo, com o nosso vereador Netinho de Paula. A candidatura do Netinho ao Senado é uma candidatura que já começa com bons índices na pesquisa antes mesmo da campanha eleitoral. Agora com a apresentação da candidatura, começando a campanha e numa coligação ampla e representativa, esta candidatura tem chance de crescer muito, sobretudo é um candidato de base popular, é uma expressão dessa realidade popular da periferia de uma grande cidade como São Paulo e isso tem um potencial eleitoral enorme.
Quanto à Câmara federal, o nosso objetivo é eleger de 16 a 21 deputados federais. Nós pretendemos alcançar esta marca de no mínimo 16, chegando até mais de 20 deputados. Mas é claro que isso depende muito da evolução da situação política até a eleição. Esta é uma eleição geral, com cargos em disputa que vão do presidente ao deputado estadual, isso causa um impacto importante nas alianças que estamos fazendo e conseqüentemente na possibilidade de um êxito maior ou menos nas disputas para o legislativo federal. Se a candidatura de Dilma cresce, deslancha, recebe uma grande aceitação e apoio, isso vai refletir também na nossa frente de uma maneira geral, como também no âmbito dos estados. Se esses candidatos aos governos estaduais que apóiam a Dilma têm a chance de êxitos maiores, também vai influir. Ou seja, tudo isso faz parte de um sistema de alianças e se esse sistema alcança maiores êxitos, isso influencia também no alcance de nossos objetivos.
Vermelho: Por falar em sistema de alianças, a impressão que se tem, acompanhando a evolução das alianças pelo que é noticiado sobre elas, é que desta vez o PT abriu-se um pouco mais e aceitou acordos mais amplos, rompendo uma tradição de sempre exigir apoio, mas não gostar de apoiar. Você tem esta impressão também?
RR: De certa maneira, na relação do PT com o PMDB houve de fato uma maior abertura, por ser o PMDB exatamente um partido chave para a coligação. Mas na relação do PT com os outros partidos tem havido ainda uma dificuldade de aliança mais harmônica, digamos assim. Por isso mesmo que o PCdoB tem defendido --e o PSB também tem levantado isso--que no âmbito desta frente que está sendo formada para apoiar a Dilma existam normas e critérios universais válidos para toda a coligação. Por exemplo, no caso do Maranhão, para dar um exemplo vinculado ao nosso partido. Podem existir palanques duplos com PT e PMDB, por que não podem existir também palanques duplos entre o PMDB e outros partidos que compõem a frente? Que é o caso do Maranhão. Por que é que ali não pode existir outro palanque da base de apoio à candidatura da Dilma que seria constituído pelo PCdoB, PSB e PT, que até agora tem dado apoio ao PCdoB?
Vermelho: Já há vários precedentes criados, como no Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia..
RR: Exatamente, se existem estes precedentes, eles criam uma norma que tem que valer para todos, não pode valer para um estado e não valer para outro.
Vermelho: Resgatando o tema programático, existe alguma iniciativa do PCdoB em apresentar à candidatura de Dilma, para serem incluídas no programa de governo, propostas que integram as seis reformas prioritárias que o PCdoB defende (tributária, política, educação, mídia, urbana e agrária)?
RR: Nós fizemos uma proposta, que ainda não foi apresentada a público, com opiniões do PCdoB acerca de um programa de governo na atualidade e nessa proposta de programa que foi apresentada à Dilma nós procuramos considerar essas seis reformas, com destaque para a reforma política e a reforma tributária. A reforma política ganha destaque porque ela pensa aspectos da democratização no terreno político e a tributária por que ela leva em conta a democratização na distribuição de renda. Este é um tema relevante pois a tributação no Brasil é muito regressiva, acaba, de uma certa forma, mantendo o ciclo vicioso da desigualdade. No Brasil temos uma situação na qual quem acaba sendo mais tributado é quem ganha menos e os tributos no Brasil deveriam caminhar no sentido contrário, deveria ser mais tributado quem tem mais renda. Com uma tributação direta sobre esse aí. Mas acaba havendo uma tributação indireta que atinge quem ganha menos porque é uma tributação sobre aquilo que você compra. É tributado o consumidor, digamos assim. Então esta é uma questão importante.
Na apresentação que nós fazemos pra Dilma, também apresentamos uma série de questões da política macroeconômica, como a questão dos juros e do câmbio, que não pode ser completamente flutuante, ele tem que ter certa dose de administração, que leve em conta os interesses do país no âmbito comercial. Então são questões assim que para nós tem importância muito grande na proposta que nós fazemos. Além destas, damos uma grande atenção à questão da energia. Na opinião do PCdoB, este tema é um vetor principal na política industrial do Brasil, porque a política industrial evidentemente tem que atingir vários setores, levando em conta uma industrialização mais moderna, levando em conta a tecnologia atual de ponta pra que a gente possa ter produtos com maior valor agregado. Sendo assim, a política industrial tem como vetor principal todo este sistema energético que incorpora não só a exploração do petróleo - que ganhou relevância com as descobertas do pré-sal-- como também toda essa gama de energias alternativas e de matriz energética renovável, como os biocombustíveis, por exemplo. Neste sentido, defendemos uma política energética arrojada que incorpore diversas fontes para que o país possa dispor de energia abundante oriunda não só das matrizes clássicas como o petróleo, o gás e a energia nuclear, mas também matrizes renováveis. Consideramos este um aspecto fundamental para o desenvolvimento econômico do nosso país. Aliás, este é um aspecto importante para o desenvolvimento em geral, pois quando você discute hoje desenvolvimento sustentável, a grande questão é qual a matriz energética que sustentaria este desenvolvimento.
Vermelho: E o Brasil é privilegiado nesse sentido por que ele pode dispor de todas essas matrizes
RR: Por isso mesmo temos um papel protagonista neste sentido. Então isso também foram opiniões oferecidas a ela nesta proposta que nós não divulgamos ainda porque vai ser encaminhada à coordenação da candidatura e não cabe ao PCdoB divulgar uma proposta que ainda vai ser analisada para, quem sabe, ser incorporada no programa de governo.
Acrescente-se a isso também que temos um programa que já parte de uma experiência concreta, por que o governo Lula vai desenhando um novo programa de desenvolvimento com seu governo e esse programa, mesmo inicial, conseguiu alguns êxitos. Então você parte de um programa que não é apenas especulação, ou proposições ou perspectivas, mas já é um curso de aplicações programáticas. Esse é outro fator muito importante.
Dilma defende a continuidade deste programa levando em conta o aspecto do avanço e do aprofundamento deste programa, objetivo que ela resumiu na frase “avanço, avanço, avanço”, que é uma opinião defendida pelo PCdoB. O governo Lula é um esforço inicial de você desenhar um novo programa de desenvolvimento, mas é inicial, precisa realmente de avanço.
Vermelho: O ministro do Esporte, Orlando Silva, acabou não saindo candidato a deputado federal a pedido do Lula, que preferia que o ministro continuasse no comando do ministério. Isso revela, de certa forma, uma valorização da contribuição dos quadros do PCdoB. Em que outras áreas o PCdoB tem atuado com destaque no governo Lula?
RR: O ministério do Esporte tem um grande destaque por que é um ministério que não existia. Desde que ele foi fundado, digamos assim, pelo atual governo, é o PCdoB que tem seus quadros à frente deste ministério, então é uma pasta que foi forjada, conformada a partir do trabalho dos quadros comunistas. E é um ministério que conseguiu alcançar um prestígio e uma influência muito grande, com programas criativos como o Segundo Tempo. E com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 e, sobretudo a Olimpíada de 2016, o ministério passou a ter uma importância muito grande.
Outra área em que o PCdoB dá uma contribuição importante para o governo é na área energética. Temos um quadro histórico e destacado do Partido, o ex-deputado Haroldo Lima, no comando da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que regula não só a indústria do petróleo, mas também do gás e biocombustíveis. E nesse caso a ANP tem tido uma participação importante, por exemplo, na definição do marco regulatório do pré-sal. Agora o PCdoB tem contribuições importantes também na área da cultura, por exemplo, na gerência dos Pontos de Cultura, que adquiriu um grande prestígio e partir da contribuição de quadros do partido. Temos ainda contribuído no terreno da Ciência e Tecnologia e em vários outros.
Vermelho: O PCdoB também tem relatado propostas importantes no Congresso Nacional...
RR: Sim, o PCdoB, a partir de seus parlamentares, tem jogado papel importante no legislativo. Para citar um exemplo emblemático, podemos lembrar que num período crítico do atual mandato do presidente Lula, que foi a crise política de 2005, jogamos um papel destacado para estabilizar o quadro de crise com a eleição de Aldo Rebelo para a presidência da Câmara dos Deputados.
Nos últimos anos, o PCdoB tem participado de relatorias importantes. Essa relatoria da CPI das ONGs, conduzida pelo senador Inácio Arruda (CE) foi uma delas. Hoje, temos essa participação de Aldo Rebelo na relatoria do Código Florestal, que é um tema de grande relevância, mas muito polêmico porque tem que levar em conta a realidade continental do Brasil, que é muito diversificada. Esse é o esforço que o Aldo tem feito, ou seja, propor um Código Florestal que reflita e respeite esse pluralismo ambiental que é o Brasil.
Vermelho: Voltando ao tema eleitoral. Você acha que a oposição vai jogar pesado para tentar voltar ao poder? O caso do pseudo-dossiê já foi um sintoma disso?
RR: O problema é o seguinte: eles (a oposição) não têm ainda nem rumo, nem ritmo de campanha. Eles não sabem ainda o que fazer. Eles entraram num terreno de batalha onde eles não têm certeza de como vão exercer o seu papel nessa batalha. Então eles estão atirando, estão testando saídas para todos os lados. E à medida que eles vão se sentindo impotentes para enfrentar a batalha, pode bater o desespero e isso levá-los a tentar realizar ofensivas cegas, digamos assim, como numa guerra, onde ofensivas cegas fogem do controle e você acaba se desbaratando. Então estas coisas na política podem acontecer. Ainda mais quando o candidato ainda se mostra inseguro, impotente para aquele desafio político e começa a apelar. Isso tudo é previsível, sobretudo se eles vão perdendo terreno num processo que é muito disputado, onde está em jogo o poder central do país.
Mas nesses casos, de apelação (como foi o caso do dossiê), defendo que a campanha (da Dilma) deve dar respostas contundentes e rápidas, deixando claro que se trata de falsidade, de manipulação. Não deixar prosperar o assunto, senão vira mesmo crise.
De São Paulo,
Cláudio Gonzalez
segunda-feira, 7 de junho de 2010
PCdoB de Foz do Iguaçu realiza maior conferência do Paraná
Participaram da Conferência, o Presidente Estadual do PCdoB, Milton Alves, vice-prefeita de Santa Rosa (RS), Sandra Padilha, a Secretaria Municipal de Educação, Joane Vilela, o Presidente Municipal do PCdoB, Nilton Bobato e o Presidente Municipal da UJS, Sergio Santander. “Este encontro serviu para definir o papel dos comunistas para esta eleição que consideramos decisiva para a continuidade dos avanços no País e também para as mudanças no cenário legislativo federal”, disse Nilton Bobato.
O Presidente Estadual do PCdoB, Milton Alves, explanou sobre a importância dos oito anos do governo Lula para o Brasil ao transformar o país em um estado democrático, dando oportunidades reais a população na educação, cultura, emprego, programas sociais, dentre outros programas. Milton Alves falou também sobre a importância do PCdoB rumo a terceira vitória do povo brasileiro, “O Partido deve fazer a ampliação das campanhas, indo para as ruas, fábricas e sindicatos”, declarou.
Chico Brasileiro expôs o principal desafio para as eleições de 2010, com o desenvolvimento macro regional, conquistando emendas federais não apenas para fazer uma campanha de reeleição, mas a melhoria na condição de vida da população. “Precisamos de políticos que defendam uma sociedade mais justa, buscando o desenvolvimento e o fortalecimento de toda a nossa região”, afirmou Brasileiro.Em visita a cidade, a vice-prefeita de Santa Rosa (RS), Sandra Padilha, destacou que Chico Brasileiro representa legitimamente o Partido Comunista do Brasil, pois na sua história estão as marcas do partido em defesa do socialismo, da justiça, e dos avanços.
Delegados
Na ocasião foram eleitos os delegados que irão representar o Comitê Municipal na Conferência Estadual do PCdoB que acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, em Curitiba, (PR), a fim de debater as alianças do partido na eleição deste ano para as candidaturas do estado. Segundo o Presidente do PCdoB, o partido de Foz elegeu 60 delegados, que foram eleitos no processo da conferência que mobilizou aproximadamente 300 filiados.
domingo, 6 de junho de 2010
EDITAL PLENO JUNHO
COMITÊ MUNICIPAL
FOZ DO IGUAÇU - PARANÁ
EDITAL DE CONVOCAÇÃO
A reunião será constituída dos seguintes assuntos:
2. Debates sobre questões do Governo Municipal
3. Informes;
4. Encerramento
Sem mais,
Presidente do Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil
Uma Tática pelo Brasil
Nosso Partido cresce a cada dia. Mas não falamos apenas em um crescimento numérico, quantitativo. Isso seria simplificar demais a capacidade dos Comunistas brasileiros em construir um Partido coeso e robusto. Crescemos em qualidade e força. Uma verdadeira expansão qualitativa. Os desafios são grandes, mas o caminho é claro. Nossos objetivos serão atingidos com militância e tática correta.
O PCdoB, sempre a frente das lutas do povo brasileiro e da classe trabalhadora, solidário aos movimentos representantes da igualdade e da justiça social, acertou quando, logo após a redemocratização do país, optou pela candidatura progressista de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o único partido presente em todas as cinco eleições disputadas por Lula, sempre fiel ao projeto de crescimento sustentável, econômico e ambiental, desalinhado da hegemonia estadunidense e defensor da soberania nacional. O Partido acertou, acreditou nas mudanças e apoiando o Governo, mesmo nos períodos mais difíceis, quando a mídia gorda golpista e as oligarquias (ameaçadas por um Governo feito para o povo e sem a visão neo-liberal) clamaram pelo desmantelamento da base de sustentação de Lula.
O PCdoB fez a leitura certa, agiu de forma coerente com seu Estatuto e sua Ideologia, continuando a contribuir com as mudanças que o país tanto precisa.
Os resultados são visíveis: o Governo Lula elevou a renda do trabalhador, tal como a estabilidade dos postos de trabalho. Hoje os níveis de desemprego despencaram em comparação com os governos neo-liberais de FHC, representados hoje pela figura de José Serra, e o otimismo do trabalhador e da classe empresarial é suficiente para avalizar a política de geração de empregos do Governo.
Lula criou o maior programa de distribuição de renda do mundo, assim como fez a maior revolução social da história do Brasil, tirando mais de 30 milhões de brasileiros de debaixo da linha da pobreza, removendo mais de 10 milhões de pessoas das favelas urbanas, reduzindo drasticamente a mortalidade infantil, o êxodo rural por pobreza e o trabalho escravo ou semi-escravo. Tudo isso aliado ao crescimento real dos salários, acima dos índices de inflação, aquecimento do mercado interno e acesso a saúde, escola e comunicação para uma parcela da população esquecida por 500 anos de história.
O PCdoB acertou em ficar ao lado de Lula e fazer parte do governo que, em 8 anos, abriu mais vagas no ensino superior público ou gratuito, desde que Cabral desembarcou por essas terras. Não só o ProUni, mas a criação de novas Universidades Federais, além de centenas de campus de ensino tecnológico e profissionalizante em todo o país, acabando com a tradição da centralização de recursos em regiões mais desenvolvidas e, pela primeira vez, promovendo um crescimento uniforme em todos os setores e em todo território. O PCdoB acertou em compor o governo que criou o Fundeb, promovendo a capacitação de professores, melhores salários aos docentes e ensino de qualidade onde não havia sequer uma cadeira para se sentar.
O Partido sabe estar ao lado de um Governo que muda a geopolítica mundial a cada viagem, tratado e acordo, seja comercial ou de paz.
O PCdoB se orgulha de ter acertado ao apoiar um governo que criou o Luz para Todos, levando dignidade para milhões de família, nos mais remotos pontos do País. Tem orgulho em participar de um governo com ouvidos para a população, que apóia as Conferências Temáticas e os Conselhos Nacionais. De um Governo que promove uma revolução no acesso e no fomento cultural, com política pública séria e orçamento crescente para o Ministério da Cultura, antes sempre abandonado. Um governo que dá autonomia à Polícia Federal para combater o crime organizado incrustado no Estado.
O PCdoB se orgulha por estar a frente do Ministério do Esporte de um governo que realizou o sonho dos brasileiros e trouxe para o País a sede da Copa do Mundo e, dois anos depois, dos Jogos Olímpicos.
E é desse governo, de conquistas para todo o povo, que o PCdoB quer continuar fazendo parte. Fazendo parte com um protagonismo maior, implementando cada vez mais o seu jeito de fazer política.
Para isso, o Partido avaliza o nome de Dilma Roussef à sucessão de Lula e vai além. Entra no jogo eleitoral de 2010 disposto a contribuir também com o engrandecimento da base de apoio a Dilma no Congresso e no Senado.
Os deputados comunistas, assim como o senador, são exemplos de luta pelo povo e comprometimento com a nação. Os parlamentares do PCdoB tem se mostrado leais ao crescimento soberano e atuando em favor de projetos e leis favoráveis ao Brasil, combatendo energicamente as práticas duvidosas e a promiscuidade no Congresso e no Senado.
O PCdoB foi o único partido político sem nenhum nome vinculado a qualquer escândalo envolvendo parlamentares.
Essa ficha limpa é conhecida por todos e sustenta o respeito ao Partido, com unanimidade.
Assim, o PCdoB quer contribuir para que Dilma dê continuidade às mudanças iniciadas por Lula e pelo povo, com uma base forte e engajada no Congresso e no Senado. Para tal, pretende aumentar o número de parlamentares comunistas em Brasília.
A candidatura de Chico Brasileiro parte desse princípio: contribuir para as mudanças do Brasil.
Mas é também uma candidatura para a cidade de Foz do Iguaçu, para as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná e para toda a faixa de Fronteira Sul. É a candidatura do desenvolvimento regional, da busca por recursos para o crescimento sustentável, com geração de emprego e renda, valorização do mercado interno, expansão da exportação de manufaturados aliada a fomentos e infra-estrutura instalada, segurança pública e de fronteira, saúde e educação de qualidade (básica, técnica e superior), com pesquisa e extensão. Será a verdadeira voz de Foz e de toda a região em Brasília.
Chico já provou ser capaz.
Como servidor público sempre trabalhou pela população e, como vereador, por dois mandatos, combateu as irregularidades na câmara e, mesmo quando isolado politicamente, valorizou a ética e agiu de forma coerente com o discurso do Partido e com sua própria formação, de origem simples e batalhadora.
Como Secretário de Saúde, iniciou projetos importantes para a cidade, propondo um modelo de gestão de saúde pública alinhado com a prevenção, reduzindo custos e melhorando a qualidade do atendimento. Construiu uma invejável reputação e chegou à vice-prefeitura com ampla aceitação e reconhecimento popular, além do respeito em todas as esferas civis, públicas, partidárias e supra-partidárias.
Chico Brasileiro é o nome mais preparado do PCdoB do Paraná para chegar ao Congresso.
O Partido, em suas Conferências Eleitorais, irá discutir a energia que será colocada no processo eleitoral de 2010 e qual será a amplitude de seu protagonismo no próximo Governo.
O PCdoB, do Municipal ao Nacional, tem acertado na tática. A escolha de Chico Brasileiro para a disputa por uma vaga ao Congresso é seguir em frente, acertando.
Sessão Municipal de Foz do Iguaçu
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Neste domingo, comunistas de Foz do Iguaçu realizam conferência municipal
Os delegados eleitos, a cada cinco filiados participantes do processo da Conferência, terão o papel de definir o projeto eleitoral do PCdoB no estado e homologar as candidaturas do partido no estado. Além da eleição, militantes e filiados, realizarão um debate sobre a conjuntura política municipal, estadual, nacional e internacional.
Segundo o Presidente do PCdoB de Foz, Nilton Bobato, este é um processo importante para os comunistas, pois é momento de acumular forças e garantir a continuidade do projeto de desenvolvimento para o País. “Este encontro reforçará o papel dos comunistas nesta eleição que consideramos decisiva para a continuidade dos avanços no País e também para as mudanças no cenário legislativo federal”, afirmou.
Comunistas de Matelândia preparam formalização de Diretório Municipal
Para Celso Dacol, Presidente do PCdoB de Matelândia, a consolidação do diretório é “uma oportunidade do município ter um partido de esquerdo comprometido com a linha de pensamento e com isso agregar valores na política local, possibilitando oportunidades de praticar política de forma coerente e próxima da população, principalmente da política do município. Nesse momento, em especial, a pré-candidatura de Chico Brasileiro a deputado federal vem pra revitalizar a política no município, haja vista que ele é da região, possui experiência e coerência e viabilizará o projeto do partido na região e no município”, disse.
A boa notícia vem acompanhada da filiação do professor, escritor e ex-vereador pelo PT, Beto Petry, que assinou sua ficha no último domingo. Para Beto, a escolha pelo PCdoB está vinculada a representação do povo brasileiro.
“Vim porque é um partido de esquerda e garante os direitos da massa popular. O segmento popular precisa ser representado no poder, o povo precisa ser representado, e como hoje o PCdoB é um partido já adaptado à realidade brasileira, um partido que se identifica com o projeto do Lula, me juntei a esta luta para que um dia vivamos realmente a democracia”, explicou Petry.