sábado, 10 de julho de 2010

Chico Brasileiro participa de cerimônia de luto de Aiatolá Mohamad Hussein Fadlallah


Chico Brasileiro prestou sua homenagem, na noite de ontem (09), ao Aiatolá Mohamad Hussein Fadlallah – falecido no último domingo - durante cerimônia de luto que reuniu centenas de palestinos na Associação Beneficente Libanesa . Fadlallah teve em Foz do Iguaçu, assim como mundialmente, o reconhecimento ao grande legado marcado pela luta em defesa da justiça, da paz, da união entre ciência e fé, do pensamento humanista e outros adjetivos que encontraram eco no culto em reconhecimento a Fadlallah.

Para o comunista Chico Brasileiro, a bandeira dos palestinos é a mesma de todo ser humano que sofre com a opressão e a injustiça. “O sofrimento de um povo é antes de tudo o sofrimento do ser humano, daquele que sofre a opressão e as injustiças de diversas formas em função de uma lógica de poder desumana e cruel. Por isso nos unimos em toda luta em defesa do ser humano, da igualdade, e de um mundo melhor”, ressaltou Brasileiro.

Fadllalah

Mohammed Hussein Fadlallah nasceu em 1935 em Najaf, no Iraque, uma das duas cidades mais sagradas para os xiitas. Filho de libaneses e registrado como cidadão libanês, mudou-se para seu país em 1966, depois de concluir os estudos. Logo destacou-se no cenário teológico, pela profundidade de sua produção teórica — deixou como legado mais de 40 livros, tratados e fatwas (éditos religiosos).

Um dos últimos condenava a normalização das relações com Israel, na linha de sua defesa intransigente da resistência armada. Mas talvez sejam mais marcantes, pelo tom progressista, suas fatwas contra a mutilação genital feminina, praticada muitas vezes em nome do islã, e contra o assassinato de mulheres “em defesa da honra”, assim como em favor do direito delas a revidar agressões físicas por parte do marido.

Mohamed Hussein Fadlalah é considerado o primeiro guia espiritual do partido pró-iraniano Hezbollah durante os primeiros anos deste movimento pró-iraniano fundado em 1982 com o apoio da Guarda da Revolução iraniana. Fadlallah escapou de vários ataques. Em um deles, num subúrbio de Beirute, morreram 80 civis em 1985.

LOCAL DA MORTE E CAUSA

Fadlallah morreu neste domingo (4), aos 75 anos, em um hospital de Beirute, segundo informou um de seus principais conselheiros. O grande aiatolá foi internado na sexta-feira (2) por causa de uma hemorragia interna.

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